sábado, 12 de dezembro de 2009


Teoria dos desejos
As fantasias precisam ser irrealistas porque
no momento, no instante em que vocês tiverem o que procuram desistem, não vão
mais querer aquilo. Para poder continuar existindo o desejo deve ter seu objeto
eternamente ausente, não é aquilo que vocês querem, mas a fantasia daquilo,
então os desejos sustentam fantasias impossíveis. Viver pelos desejos nunca vai
trazer a felicidade o significado de ser inteiramente humano é se esforçar para
viver por idéias e ideais e não medir suas vidas apenas pelo que ganharam em
termos de desejos mas aqueles pequenos momentos de integridade, compaixão e
racionalidade até mesmo o sacrifício próprio porque no final a única forma de
avaliar o significado de nossas vidas é valorizando a vida dos outros.

#

Pascal
Somos verdadeiramente felizes somente quando
sonhamos acordados com a felicidade futura, ou porque dizemos que caçar é
melhor do que matar ou cuidado com o que você deseja não é porque vamos
conseguir, mas porque fatalmente não vamos querer quando conseguirmos.



Em suma o desejo é um
esforço cego para possuir no plano representativo o que já tenho no plano
afetivo; através da síntese afetiva, visa um além que ele pressente, mas que
não pode conhecer; dirigir-se para “alguma coisa” afetiva que lhe é dada no
presente e a apreende como representando a coisa desejada. Desse modo, a
estrutura de uma consciência afetiva de desejo já é uma consciência imaginante,
pois a exemplo da imagem, uma síntese presente funciona como substituto de uma
síntese representativa ausente.
SARTRE, Jean Paul, O
IMÁGINARIO pág. 101

LINK:http://twitter.com/cleogeo 


Nenhum comentário:

Postar um comentário